Bolsonaro inelegível
Bolsonaro teve, hoje, por 5 votos a 2, os direitos políticos suspensos por oito anos em votação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e só poderá se candidatar no pleito de 2030.
Agora a militância petista não poderá mais sacar do bolso do colete o perigo fascista, representado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro sempre que ouvir alguma crítica à gestão do presidente Lula.
O presidente Lula também não precisará mais falar do ex-presidente Bolsonaro em toda entrevista e manifestação pública que fizer ou da qual participar.
Provavelmente a estratégia do atual governo será, agora, direcionar os esforços para bater e demonizar dois dos prováveis herdeiros dos votos dados a Bolsonaro, os atuais governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo) e Romeu Zema (Minas Gerais).
A partir de hoje, o maior representante do fascismo caboclo deixa de ser Bolsonaro e o título vai para um dos dois governadores. Ou para os dois. Ou ainda para qualquer um que se apresente como ameaça à nova era lulista.
Apesar da festa feita pelo PT e seus satélites com a suspensão dos direitos políticos de Bolsonaro, no fundo os estrategistas políticos sabem que a exclusão eleitoral do ex-presidente não é boa para Lula – e se não é boa para Lula e para o próprio Bolsonaro, é boa para o país, que poderá sair da espiral binária na qual está atolado há praticamente uma década.