Tem caraca no bigode de Lula
Na votação da sessão especial de ontem da Organização dos Estados Americanos (OEA), composta por todos os países das Américas, foi debatida a fraude eleitoral de Maduro e proposta uma declaração forte contra o regime, instando o regime a divulgar imediatamente os boletins de urna desagregados e a se submeter a uma verificação independente.
Foram 17 votos a favor e zero contra. Mas eram necessários 18 votos afirmativos. A abstenção Brasil foi decisiva para a derrubada declaração.
Não devemos esquecer que o Brasil é signatário da Carta de Bogotá, da OEA, a qual estabelece em seu primeiro artigo que a democracia deverá ser sustentada como valor fundamental na região. Todos os países aprovaram Carta Democrática, a qual institui mecanismos de punição aos violadores da democracia – Nicolás Maduro afronta-a há mais de uma década de forma cínica e agora também grosseiramente.
Ao final da votação de ontem, na OEA, o Brasil tomou pito constrangedor do chanceler peruano.
Há quem diga que Celso Amorim induziu Lula a alinhar o Brasil a um golpe de estado desferido à luz do dia por um ditador latino-americano sanguinário e visivelmente derrotado pela ampla maioria do seu povo, uma vergonha que vai arranhar a moderada, pragmática e prestigiosa diplomacia brasileira. Ora, faz mais de dez anos que Maduro é ditador e antes dele tinha o Hugo Chavez, ambos amplamente apoiados pelo Lula. Lula já andou de mãos dadas com o cubano Fidel Castro, o iraniano Mahmoud Ahmadinejad (https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2009/11/091120_iraapresenta_ac), o líbio Muamar Kadhafi (https://www.estadao.com.br/politica/lula-ataca-midia-e-chama-kadafi-de-amigo-e-irmao/), a quem chamou de amigo-irmão, entre outros. O vice-presidente estava nesses dias sentado ao lado de líderes de grupos extremistas terroristas. E Celso Amorim, não esqueçamos, já prefaciou um livro sobre a importância da “diplomacia do Hamas”.
Maduro é escroque e ditador, e Lula (ou qualquer outro presidente brasileiro) mesmo sabendo disso não pode, por razões de Estado e pela liderança que o Brasil exerce na América do Sul, virar-lhe às costas, porque romper imediatamente com o governo venezuelano pode pôr o ditador do nosso vizinho no colo da Rússia e da China e até mesmo do Irã. É necessário prudência, mas prudência não é pusilanimidade – e o presidente do Brasil está sendo pusilânime e, por razões ideológicas, conivente com os desmandos de Maduro
A nação tem de ficar vigilante, porque não é de hoje que Lula e o PT apoiam esse tipo de gente.