Os fantasmas políticos brasílicos

por Sérgio Trindade foi publicado em 03.dez.24

O Brasil é pródigo em criar fantasmas políticos para assombrar desavisados, o s quais, infelizmente, são muitos.

O risco de difusão do comunismo foi e segue sendo tão forte quanto a estória do golpe de Estado.

Não há golpe de Estado à vista no Brasil atual. Como não há comunismo algum que tenha deitado raízes por aqui.

A não ser os extremos políticos que hoje conflitamos dois fantasmas existem. Para sustentar narrativas.

Golpe de Estado é qualquer coisa capaz de impedir ou dificultar mais uma vitória eleitoral do lulismo, em 2026. Como comunismo é qualquer coisa que fira a tradição ou princípios conservadores mais extremados.

Quando Lula e o PT falam de golpe, é disso que eles estão falando. O mesmo vale para Bolsonaro e muitos dos seus aliados.

São os bichos-papões da política tupiniquim e exercem o papel que, segundo o professor Alípio de Sousa Filho, na seu livro Medos, mitos e castigos, as sociedade organizam a educação para incutir os mitos e o medo como meios de controle de grande eficácia simbólica. Para ele, o mito, a forma primeira da ideologia, é uma resposta ao temor da desagregação da ordem cósmica e/ou social.

Para o lulismo e o bolsonarismo duas coisas são absolutamente essenciais: que no horizonte sempre haja um golpe e um comunismo a combater.

Quanto aos pobres, que sigam existindo para serem comprados.

Sem esse cenário, o discurso maniqueísta dos polos não se sustenta.

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