O inferno é vermelho
O ABC passou, ali me meados da década passada, quando só existiam duas séries, A e B, no futebol brasileiro, um par de anos fora de campeonatos brasileiros.
Subiu em 2007 da nova série C para a B, e de lá para cá está na gangorra entre estas duas séries. O América, por sua vez, pontificava na série B, fazendo incursões eventuais à série A.
Ano passado o América caiu para a série D e o ABC subiu para a B, onde faz, até o momento, campanha medíocre, ocupando a vice-lanterna, dois pontos à frente do Náutico.
Entre 2007 e 2017, nasceu o Globo, da vizinha Ceará-Mirim, que vem ocupando posições de destaque no campeonato potiguar. No deste ano foi vice-campeão, perdendo a peleja para o Mais Querido. Sexta-feira última, o time da terra dos verdes vales conseguiu acesso para a C.
O América tentou ontem o acesso mas foi barrado pelo Juazeirense, após perder a primeira partida por 3 a 0, na Bahia, e empatar a segunda, no Arena das Dunas, por 1 a 1.
O Globo vem se consolidando, nos últimos cinco anos, como a segunda força do futebol do estado. O vice-campeonato deste ano e o acesso para a série C e a iminente queda do ABC e o fracasso do América confirmam que as diretorias dos dois times natalenses devem gerir os seus departamentos de futebol mais a sério.
É isso ou a perda da supremacia do futebol no Rio Grande do Norte. O América já está a um passo do inferno. O ABC anda flertando com ele, querendo torná-lo também preto-e-branco.
Por Sérgio Trindade