A triste seleção de Diniz (Ou a seleção da Venezuela evoluiu muito)
Tá tite, fica tite não foi um meme que correu o mundo como gracejo com a tristeza que se abateu sobre os torcedores brasileiros após a eliminação da Seleção Brasileira na última Copa do Mundo e com o apelido do treinador brasileiro, Tite.
O futebol jogado pela seleção de Tite era triste, mas mais triste ainda é o jogado pelo selecionado de Diniz, como está sendo possível constatar pelos três primeiros jogos das eliminatórias, principalmente os dois últimos (vitória de 1 a 0, contra o Peru; empate em 1 a 1, contra a Venezuela).
Assisti, ontem, o segundo jogo citado e terminei deprimido, tal a falta de criatividade e de categoria da maioria dos jogadores brasileiros. Ou todos não jogam nada ou os clubes que os contratam mundo afora são dirigidos por néscios juramentados.
O craque do time, Neymar, alçado à condição de craque de toda uma geração, o gênio em meio a medíocres, foi tão medíocre, ontem, como os seus colegas de infortúnio canarinho.
Neymar, posto como armador do time, errou praticamente tudo o que armou. Houvesse uma rede de dormir em campo, o camisa 10 da seleção, não conseguiria pô-la nos armadores. Desempenho de um Neca mesmo envergado a 10 que um dia foi de Pelé, de Rivelino, de Zico e de Rivaldo, um deus e três gênios do, vale o clichê, glorioso esporte bretão.
O Brasil de Diniz não tem compartimentos (defesa, meio-campo e ataque) coordenados. Cada pedaço joga como quer e isso se reflete no desempenho individual dos jogadores, dos melhores aos piores.
Vinícius Junior, atualmente o mais festejado do selecionado brasileiro, joga como um Cafuringa piorado. Richarlison é, entre todos os que vi jogar na posição de centroavante da seleção, o mais fraco. Há quem diga que ele tem desempenho ruim porque não é centroavante de ofício. Discordo. Ele joga mal porque é jogador mediano que insistimos em sobrevalorizar. Rodrygo é uma sombra de si mesmo. Casemiro é um volante mediano e esforçado que a mídia e os especialistas querem vender como um Falcão. Os laterais, todos eles, não jogariam em nenhum dos grandes clubes brasileiros dos anos 1980, quando tínhamos Leandro, Edevaldo, Paulo Roberto, Getúlio, Luís Carlos Winck, Junior, Pedrinho, Wladimir, entre outros.
Pondo tudo e todos num liquidificador temos uma Venezuela jogando de camisas amarelas porque, sejamos sensatos e irônicos, mais irônicos do que sensatos, a seleção do país dirigido Maduro evoluiu muito. E por isso mesmo, a Venezuela real empatou, com belo gol, com a Venezuela canarinha, esta que segue involuindo a passos largos.
Há risco de o Brasil não ir à Copa?
Quase zero, afinal serão seis classificados em dez times e o sétimo irá disputar repescagem contra alguma baranga da Oceania. Qualquer dos times brasileiros que estão entres os cinco ou seis primeiros colocados da série A iria à Copa do Mundo de 2026 sem sustos. E jogando melhor do que a seleção de Diniz, até mesmo o Fluminense treinado por… Diniz. Sem causar o mal-estar causado pelo time que o treinador da CBF pôs em campo ontem.