O Vasco da Gama quase não contorna o Jorge Wilstermann
Assisto a poucos jogos dos campeonatos estaduais do centro-sul e mesmo do brasileiro da série A. Geralmente vejo os VTs e compactos. Sou assíduo, porém, nos jogos da Copa do Nordeste e mesmo dos campeonatos estaduais da região. Quase sempre assisto aos jogos da Libertadores da América, torneio no qual se percebe que os jogadores desta parte do mundo são latinos e têm sangue quente.
Bem, a Libertadores não é a mesma d’outrora. Mas ainda carrega um pouco de latinidade. E, por isso, ainda vale a pena assisti-la.
Qualquer aluno com conhecimento razoável sobre história sabe quem foi o navegador português, Vasco da Gama. Qualquer torcedor brasileiro que acompanhe o futebol nacional sabe que o Clube de Regatas Vasco da Gama tem um passado glorioso.
O time carioca foi o primeiro do Brasil a ser campeão sul-americano, na distante da década de 1940, foi o primeiro carioca campeão brasileiro (que conquistou outras três vezes), foi campeão da Libertadores e da Mercosul, da Copa do Brasil, etc.
O passado glorioso do CRVG está sendo depredado pela incúria de dirigentes incompetentes, para dizer o mínimo.
Ontem assisti aos 15 min finais da partida contra o Jorge Wilstermann, um timeco que consegue “fazer bonito” na Libertadores jogando em cima dos morro bolivianos. Pois bem, o JW, que talvez ficasse entre os quatro primeiros no campeonato potiguar deste ano, enfiou contra gols no time do Vasco da Gama, devolvendo os 4 a 0 que tomara em São Januário.
O outrora “Gigante da Colina” resumiu-se, do tempo normal à disputa de tiros livres diretos da marca do pênalti, ao goleiro Martin Silva, que defendeu três chutes e garantiu a classificação vascaína.
A trajetória do Vasco na Libertadores, não havendo correção de rumo, será passar vergonha na fase de grupos do torneio sul-americano.
Nem mesmo goleiraço que tem, que deveria ser alçado à condição de milagreiro, é capaz de impedir a tragédia que se avizinha.
Por Sérgio Trindade