Caminhos da urbe: avenidas Eng. Roberto Freire e Dr. João Medeiros Filho
A antiga estrada de Ponta Negra e a antiga estrada da Redinha, são duas artérias importante da cidade de Natal. Localizadas da região Sul e Norte, respectivamente, são vias de acesso a duas belas praias, seu desenvolvimento está relacionado ao fluxo de turistas e natalenses em busca da brisa litorânea e da calmaria que vem com as ondas do mar. A década de 1960/1970, marca de forma definitiva, digamos, o desenvolvimento do turismo de “sol e mar”, lembremos da inauguração do Hotel Internacional dos Reis Magos, na noite do dia 07 de setembro de 1965, as bases do desenvolvimento da cidade estavam, então, delimitadas. Era governador do Rio Grande do Norte, Aluízio Alves. As políticas públicas na área da indústria turística “olhou” para o sol e mar, a Cidade do Sol, se materializava, criando novas demandas e, de algum modo, esquecendo de “olhar” para dentro da urbe e seus lugares potenciais para o turismo cultural.
A estrada de Ponta Negra, hoje avenida Engenheiro Roberto Freire, tem registro de abertura de uma estrada carroçável, na década de 1920, essa via ligava os limites urbanos com a vila de pescadores daquela praia. O historiador Itamar de Souza aponta dois momentos: a implantação da Barreira do Inferno e a intensificação dos veranistas como fatores fundamentais para o melhoramento do acesso do centro até a Vila de pescadores.
Em 15 de março de 1983, o governador Lavoisier Maia inaugurou a Via Costeira e a duplicação e iluminação da antiga estrada de Ponta Negra. O caminho para o desenvolvimento desta região estava aberto.
A estrada da Redinha, atual avenida Dr. João Medeiros Filho, é um marco no desenvolvimento da região norte de Natal. Umas das praias urbanas de ocupação mais antiga, a Redinha encanta com sua beleza natural e suas tradições culturais. É a terra da “Ginga Com Tapioca”, iguaria patrimônio cultural da cidade. Cenário da festa do Caju, dos carnavais no seu antigo clube, o Clube de Pedras, do rio Doce, a banhar seus limites, onde nasceu o tradicional bloco carnavalesco Os cão. Enfim, é, das areias de frente do Mercado que se vislumbra o Forte dos Reis…
(Texto de Luciano Capistrano)