Da A à C
De todos os jogos deste último final de semana, somente três me chamaram a atenção, dois da série A (Palmeiras 2 X 1 São Paulo e Botafogo 4 X 1 Flamengo) e um da série C (Caxias 2 X 0 ABC).
O clássico paulista foi um bom jogo, principalmente no segundo tempo, quando os dois times se soltaram mais e fizeram os três gols da partida, com o Palestra marcando o gol da vitória já nos descontos, após saída atabalhoada, para cortar um cruzamento, do arqueiro Rafael. O eficiente Flaco Lopes, que fizera o tento inicial do alviverde paulistano, escorou para o gol vazio. Luciano, o camisa dez tricolor, descontou para o São Paulo.
No Rio de Janeiro, jogando para bom público no Engenhão, o Botafogo sentou a pua no Flamengo de Tite, que segue reclamando do excesso de jogos do rubro-negro, esquecendo-se de dois detalhes: o Botafogo (como o Palmeiras, o São Paulo, o Fortaleza, etc) tem o mesmo calendário seboso e, mesmo assim, sem tantas contusões como o Flamengo; quando funcionário da CBF, Tite nada fez para pautar a organização de um calendário mais racional e menos torturante para os atletas.
Tite é um treinador mediano, que fala alguma coisa parecida com português, tal qual um antecessor dos anos 1980-90, Sebastião Lazaroni, alçado rapidamente à fama como técnico do Flamengo e do Vasco da Gama e, dali, enviado, segundo dizem, por influência de Eurico Miranda ao comando do selecionado nacional, pelo qual foi campeão da Copa América, em 1989, e derrotado na Copa de 1990 por uma Argentina esfalfada, a qual foi capengando à final contra a Alemanha, da qual saiu derrotada por 1 a 0.
Ao contrário de Lazaroni, porém, Tite fez nome sólido à frente de vários clubes brasileiros e por um deles, o Corinthians, foi campeão da Libertadores e Mundial, posições que o alçaram a técnico da Seleção Brasileira nas Copas de 2018 e 2022, quando o escrete canarinho foi eliminado nas quartas-de-final.
A derrota do Flamengo para o Botafogo, ontem, por 4 a 1, saiu barata. Poderia ter sido de 6 ou 7, se o time da estrela solitária fosse mais eficaz nas conclusões, incluindo uma penalidade máxima.
E o ABC, hein?
Depois da derrota por 2 a 0 para o Caxias, o Mais Querido potiguar ainda depende das próprias forças para permanecer no purgatório da série C, favorecido que foi pela derrota da Aparecidense, rival direto e próximo adversário no próximo final de semana, na Arenas das Dunas.
A vitória e o empate salvam o já estropiado ABC. Até uma derrota por gol mínimo será aceitável. Se, porém, perder por dois gols de diferença, o alvinegro potiguar fará companhia ao América, em 2025, no inferno da série D, onde todos os inválidos e incapazes são esquecidos.