Robinson Farias é incompetente, mas…
Entre os maus governadores que o Rio Grande do Norte já teve, o atual terá lugar de proa.
Sua foto deve figurar em lugar de destaque.
Mas… sejamos justos: Robinson, com aquela cara de leso (só a cara), que chefia o poder Executivo, tem sócios inarredáveis: Judiciário, Legislativo e Ministério Público.
O duodécimo que o Executivo do nosso estado destina aos três insignes acima mencionados gira em torno de 12,5% ao ano, o que dá quase 1,6 bilhão ou 50% do que é usado no custeio da máquina do Executivo potiguar.
Só a título de comparação, em dois de nossos vizinhos mais ricos, Pernambuco e Ceará, que têm orçamentos de duas a três vezes superiores ao nosso, o Executivo destina em torno de 8% do orçamento ao Judiciário, Legislativo e Ministério Público.
O ex-secretário de Planejamento, Obery Rodrigues, já apontava que era preocupante a situação, pois os repasses cresceram 62%, enquanto a folha de pagamento, principal ordem de despesas do governo, cresceu em torno de 43%, durante o mandato de Rosalba. O secretário alertou, ainda em 2014, que se “nada fosse feito, a situação a médio prazo ficaria insustentável para o orçamento do estado”.
Pois é, o médio prazo chegou, e a soma de um Executivo inoperante e politicamente enfraquecido, um Judiciário e um Legislativo gastadores, perdulários e insensíveis, resultam no caos administrativo que o Rio Grande do Norte enfrenta.
Repito, Robinson é culpado. Mas tem sócios que não se escondem. Basta que olhemos com cuidado.
Por Sérgio Trindade