Tem caraca no bigode de Lula

por Sérgio Trindade foi publicado em 01.ago.24

Na votação da sessão especial de ontem da Organização dos Estados Americanos (OEA), composta por todos os países das Américas, foi debatida a fraude eleitoral de Maduro e proposta uma declaração forte contra o regime, instando o regime a divulgar imediatamente os boletins de urna desagregados e a se submeter a uma verificação independente.

Foram 17 votos a favor e zero contra. Mas eram necessários 18 votos afirmativos. A abstenção Brasil foi decisiva para a derrubada declaração.

Não devemos esquecer que o Brasil é signatário da Carta de Bogotá, da OEA, a qual estabelece em seu primeiro artigo que a democracia deverá ser sustentada como valor fundamental na região. Todos os países aprovaram Carta Democrática, a qual institui mecanismos de punição aos violadores da democracia – Nicolás Maduro afronta-a há mais de uma década de forma cínica e agora também grosseiramente.

Ao final da votação de ontem, na OEA, o Brasil tomou pito constrangedor do chanceler peruano.

Há quem diga que Celso Amorim induziu Lula a alinhar o Brasil a um golpe de estado desferido à luz do dia por um ditador latino-americano sanguinário e visivelmente derrotado pela ampla maioria do seu povo, uma vergonha que vai arranhar a moderada, pragmática e prestigiosa diplomacia brasileira. Ora, faz mais de dez anos que Maduro é ditador e antes dele tinha o Hugo Chavez, ambos amplamente apoiados pelo Lula. Lula já andou de mãos dadas com o cubano Fidel Castro, o iraniano Mahmoud Ahmadinejad (https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2009/11/091120_iraapresenta_ac), o líbio Muamar Kadhafi (https://www.estadao.com.br/politica/lula-ataca-midia-e-chama-kadafi-de-amigo-e-irmao/), a quem chamou de amigo-irmão, entre outros. O vice-presidente estava nesses dias sentado ao lado de líderes de grupos extremistas terroristas. E Celso Amorim, não esqueçamos, já prefaciou um livro sobre a importância da “diplomacia do Hamas”.

Maduro é escroque e ditador, e Lula (ou qualquer outro presidente brasileiro) mesmo sabendo disso não pode, por razões de Estado e pela liderança que o Brasil exerce na América do Sul, virar-lhe às costas, porque romper imediatamente com o governo venezuelano pode pôr o ditador do nosso vizinho no colo da Rússia e da China e até mesmo do Irã. É necessário prudência, mas prudência não é pusilanimidade – e o presidente do Brasil está sendo pusilânime e, por razões ideológicas, conivente com os desmandos de Maduro

A nação tem de ficar vigilante, porque não é de hoje que Lula e o PT apoiam esse tipo de gente.

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