No rastro de cangaceiros – sertões alagoano, baiano, pernambucano e sergipano (1)
Estou, desde 2012, na quarta expedição pelos sertões alagoano, baiano, pernambucano e sergipano.
Escreverei, nos próximos dias, sobre as andanças por parte da Bahia (Paulo Afonso), de Alagoas (Piranhas) e de Sergipe (Canindé do São Francisco e Poço Redondo), locais onde nasceu Maria Bonita, onde morreu Ezequiel (irmão de Lampião), onde se localiza o Raso da Catarina, donde partiu a expedição que cercou e matou Lampião e Maria Bonita, onde morreram Lampião e Maria Bonita, onde eram feitos os bailes de dona Genoveva (bailes perfumados), tema de filme premiado, etc.
Como disse, é o quarto passeio que faço pela região, desde o início da última década.
Nos outros (e sobre as quais também escreverei, na sequência) andei por Serra Talhada (onde nasceu Lampião), pelo antigo povoado dos nazarenos, por Jeremoabo (Bahia) e Santana de Ipanema, sede dos comandos das tropas volantes, na Bahia e em Pernambuco, que perseguiam os cangaceiros, por Piranhas e Poço Redondo, já citadas.
Não canso – e acho que nunca cansarei – de ir a Piranhas, linda cidade às margens do rio São Francisco (Velho Chico).
Desta vez foi diferente, pois encontrei o professor e escritor João de Souza Lima, de quem falarei no próximo texto, estudioso do fenômeno cangaceiro.
Em todas as expedições foram feitas fotografias e elas estarão presentes nos textos. Agora, além de fotografias, fiz filmagens.
Antes e agora os passeios foram e são para lá de prazerosos.
A cada vinda aqui fico encantado com a força e a pujança desta parte do sertão nordestino e sigo firme com a ideia de que conhecer o cangaço é uma das chaves para conhecer o nosso sertão, do passado e do presente.
O cangaço que pariu Jesuíno Brilhante, no Rio Grande do Norte, Antônio Silvino e Lampião, em Pernambuco, Corisco, em Alagoas, e Maria Bonita, na Bahia, entre outros.
Ou o cangaço que foi parido por todos eles e muitos mais.