A publicidade morre um pouquinho
Hoje, 13 de outubro de 2024, morreu o maior publicitário que este país já teve: Washington Olivetto.
Criador de peças publicitárias marcantes, como O Garoto Bombril (https://www.youtube.com/watch?v=5q_MbQgfAcs), de 1978, O primeiro sutiã (https://www.youtube.com/watch?v=gXQ4XuG5c1M), peça publicitária produzida, em 1987, para a marca de lingeries Valisère em 1987, entre outras.
O comercial da Valisère é um dos dois únicos comerciais brasileiros no livro Os 100 melhores comerciais de todos os tempos, da jornalista norte-americana Berneci Kanner. O outro também é da lavra de Olivetto (https://www.youtube.com/watch?v=kpk9nEsVeMA).
Corinthiano roxo, Olivetto também foi o criador da expressão Democracia Corinthiana, movimento nascido, no seio do S. C. Corinthians Paulilsta, no início dos anos 1980, quando o Brasil experimentava os ventos da redemocratização, depois de mais de uma década e meia de regime autoritário.
O fundador da W/Brasil recebeu milhares de prêmios e uma menção, também marcante, na música brasileira, na letra de Jorge Benjor – W/ Brasil (Chama o Síndico) (https://www.letras.mus.br/jorge-ben-jor/46650/).
Recusou-se a fazer trabalhos para políticos e chegou a dizer em entrevistas que era um “dinheiro muito bom de não ganhar” e que assim procedia porque preferia trabalhar e divulgar “produtos que o consumidor podia devolver se não gostasse”.
A morte de um artista das ideias como Washington Olivetto, brasileiro de sucesso alcançado com trabalho sério e primoroso, fere fundo na nossa alma.