Aquele que ama cavalos é o nome do meliante ou o menininho da vovó

Texto enviado pelo colega e amigo Luiz Roberto, cada vez mais irado com a sabedoria do nosso “sábio” dos sábios de hoje.

Aquele que ama cavalos é o nome do meliante ou o menininho da vovó

É, o nome do sujeito ao qual quero fazer referência é esse aí mesmo. Basta pensar um pouquinho – ou pesquisar no google – e correr para o abraço. Prefiro ser enigmático a dizer publicamente o nome da “Besta Fera”.

Mas esqueçamos o nome do santo, afinal nenhum de nós vai ganhar nada pronunciando publicamente o nome deste amigo dos cavalos.

Vamos ao que nosso coleguinha, imitador nato dos mamíferos marinhos, denominados vulgarmente de foca, disse, ou melhor bostejou.

Mas, antes de ir ao que o poeta – quando está calado – proferiu, ocorreu-me uma reflexão momentânea.

Talvez eu seja um velho ranzinza mesmo, pois nunca imaginei que bostejar se tornasse um ofício, e, pior, dos mais aclamados, pois, conforme me dizem, o sujeito, por causa dos bostejamentos dele, possui “quadrilhões” de seguidores no Youtube e é chamado para fazer lives com as mais relevantes autoridades jurídicas do país, tem opinião acerca da política exposta no New York Times, participa de programas, outrora notabilíssimos e vanguardistas, como o Roda Vida, é o novo ícone da intelligentsia progressista, e muito, mas muito maixxx mesmo.

Certamente, meu amigo, com tantos qualificativos provenientes desta verdadeira arte, é perfeitamente aceitável pensar que proferir tolices é, sim, uma ocupação de enorme destaque social e financeiro. Além disso, ela – a profissão do rapazote – dá a suprema prerrogativa para ele se tornar um condutor de almas, ou melhor, um educador. Olhem só, ele é o responsável pela formação intelectual das gerações mais novas.

Por que não pensei nisso antes? Ele é o nosso Homero. Ele está para os jovens brasileiros, como Homero esteve para os gregos e para a cultura ocidental.

Perguntas-me: qual o motivo para tanto? Por que és hiperbólico no trato de nosso iluminado?

Porquanto, o “foca” afirmou taxativamente que o poeta romântico Álvares de Azevedo, e não apenas este, mas um outro, que é um dos maiores escritores da língua portuguesa e, provavelmente, também um dos maiores da literatura mundial, o Bruxo de Cosme Velho – Machado de Assis, não são para os nossos adolescentes, pois são chaaatoxxx.

Surge-me uma questão: queria conseguir entender quais foram os argumentos utilizados para alicerçar as assertivas filipianas (é, ele já é pai de uma escola filosófica e literária) e como ele não me disse sob quais argumentos baseou suas verdades morais, eu emito meus juízos com o que tenho a disposição. Por isso, acredito que muito provavelmente isso se deve ao fato de ele não querer concorrência na formação intelectual das crianças e adolescentes. Os fundamentos de sua escola filosófica e literária já devem ser mais que suficientes para que os jovens aprendam a se desdobrar diante da vida. Posto que, os clássicos não devem ter serventia alguma. Só os preservamos porque somos energúmenos e otariuxxx.

Por consequência lógica, as crianças e adolescentes não podem se submeter a nenhum tipo de conhecimento mais complexo, que seja fruto de um esforço genuíno e legítimo, e, por derradeiro, engrandecedor da alma, por ser conhecimento chaaaato, como ele mesmo deu a entender.

Já que a vida tem que ser puro hedonismo filipiano, o esforço, por mínimo que seja, para compreender literatura deve ser denegado, repudiado, afastado, rechaçado.

E por que isso?

Porque faz pensar. Faz desenvolver a imaginação diante das agruras da vida. Faz o indivíduo tornar-se mais criativo. Faz o ser humano viver de forma mais plena. E tudo isso deve ser interditado de hoje em diante sob a nova égide cultural da filosofia filipiana.

Nosso expert em educação disse tudo o que precisávamos saber. Só nos resta obedecer agora.

Todos os problemas da educação brasileira, pelo menos no que se refere ao domínio da linguagem e da norma culta da língua, foram solucionados. Não é necessário discutir mais nada, posto que o importante já foi dito pelo nosso novo membro da Academia Brasileira Letras. Ahhh, quem sabe um Nobel para ele? Terão que criar alguma nova categoria para laureá-lo (Quem consegue imaginar?).

Resta-nos esperar pelos ditames dos mestres relativos à matemática e às ciências. Tenho uma convicção plasmada no fundo da minha alma que ele vai solucionar os problemas pedagógicos destas áreas também.

Últimaxxx posiçõexxx do Pisa? Que nada! Adeuxxx para estas colocaçõexxx vegonhosaxxx.

Se fui burro, não lembro!!!! A mim, me deem licença, que vou ali curtir uma depressão e, quem sabe, alguma poção mágica que me livre do peso da vida.