O prateado futebol da dourada Argentina
Assistir aos jogos da Copa América têm sido um suplício, porque o futebol praticado é ruim, no máximo regular. Até aqui somente Argentina e Colômbia jogaram bola razoável. Os demais têm sido ruins (não assisti a partida do Uruguai).
Ouro no último mundial, a Argentina faz futebol prateado, como insinua o nome dela – argentum (prata), metal maleável e brilhante fartamente utilizado na indústria de fotografia, em objetos de decoração e em joias.
Na noite de ontem, sem bilhar como o ouro mas valorosa como a prata, a seleção portenha foi superior durante o maior tempo da peleja, com Messi participando das jogadas mais insinuantes e perigosas. A seleção chilena, mesmo com forte marcação na saída de bola, só assustou aos 26 e depois aos 31 minutos do segundo tempo, obrigando o goleiro Martinez a fazer duas boas defesas, enquanto os hermanos alvejaram por duas vezes as traves chilenas, aos trinta e cinco minutos do primeiro tempo, com petardo de Messi de fora da área parando na trave esquerda do goleiro Bravo, e aos quinze minutos do segundo tempo, com tiro de Nico González que explodiu no travessão, e aos quatro minutos do segundo tempo quando Molina penetrou na zona do agrião e chutou para boa defesa do arqueiro da La Roja.
O gol da vitória veio aos 42 minutos do segundo tempo, quando Lautaro Martínez, oportunista, recolheu sobra de bate-rebate na área e empurrou para dentro do gol andino.
O resultado garantiu a seleção Albiceleste nas quartas de final do torneio, enquanto o Chile e Canadá decidirão, na última rodada, os seus destinos.