Recife e os encantos mil
Todos os caminhos levam hoje, para ABC e América, a Recife, a bela capital de Pernambuco, cantada em prosa e verso.
Parafraseando Manuel Bandeira, não a Veneza americana, não a Cidade Maurícia, não o Recife dos Mascates e nem mesmo o das revoluções libertárias, mas o Recife do futebol, afinal será em dois de seus campos de batalha, os Aflitos e a Ilha do Retiro, que ABC e América podem reescrever a deprimente história que rascunham no início do campeonato brasileiro das séries B e C deste ano.
O América enfrenta, logo mais, às 19h, nos Aflitos, o Náutico; o ABC amanhã, às 18h, na Ilha do Retiro, tem pela frente o Sport.
Equipes potiguares e pernambucanas estão em situações muito diferentes nas séries C e B.
O América é o penúltimo colocado da série C e o ABC é o último da série B, enquanto o Náutico, na C, e o Sport, na B, jogam para ficar entre os quatro primeiros.
Torcedores de ABC e América acostumaram-se a mangar um do outro.
Os americanos troçam das derrotas abecedistas num dia, que no dia seguinte revidam pelas derrotas americanas. Juntos lamuriam-se, abraçados, durante toda semana, pelas lambadas que levam nos costados.
Ou viram a chave, ou estarão uma divisão abaixo em 2024.