Tempos distantes, tempos marcantes

por Sérgio Trindade foi publicado em 26.ago.22

A história de vida de Manoel de Medeiros Brito praticamente se confunde com a história potiguar e mesmo brasileira do século XX.

Manoel de Brito (foto da internet)

Nascido em 1928, Manoel de Brito viveu onde a história do Rio Grande do Norte e grande parte da do Brasil transcorreu e trouxe, agora, para as páginas do livro que escreveu o que vivenciou, como testemunha privilegiada e às vezes como ator, afinal conviveu com os homens que fizeram a história do país e do estado.

É possível constatar isso lendo as mais de seiscentas páginas de Tempos Marcantes, lançado em 02 de agosto último, no Complexo de Ensino Noilde Ramalho, tradicional instituição de educação controlada pela Liga de Ensino do Rio Grande do Norte, presidida pelo autor do livro.

Tive a oportunidade de fazer duas longas entrevistas [link da primeira entrevista (https://www.youtube.com/watch?v=75N_SprpINk)] [link da segunda entrevista (https://www.youtube.com/watch?v=RQVAB-mpU9o)] com Manoel de Brito (uma terceira está prometida), nas quais ele conta muitos dos episódios descritos e narrados no livro.

Jornaleiro na sua Jardim do Seridó, arquivista da Banda de Música Euterpe Jardinense, aluno de monsenhor Walfredo Gurgel, em Caicó, de quem depois se tornou amigo e Secretário-Chefe de Gabinete Civil, quando o sacerdote foi governador do estado, professor particular de muitos estudantes em Natal, redator d’A República, secretário particular do deputado federal Aluízio Alves, Chefe do Escritório de Representação do Rio Grande do Norte, no Rio de Janeiro e em Brasília, deputado estadual em duas legislaturas, Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Secretário de Interior e Justiça no governo Lavoisier Maia e no primeiro de José Agripino Maia e de Segurança Pública no segundo governo José Agripino Maia, o autor tinha muita coisa para dizer e disse, nas duas entrevistas que me concedeu e no livro que publicou.

Conheceu todos os Presidentes da República, de Getúlio Vargas a Jair Bolsonaro, e todos os governadores do Rio Grande do Norte, desde José Augusto Bezerra de Medeiros, ases dos primórdios da aviação, consagrados sacerdotes, entre os quais o Papa João Paulo II, intelectuais brasileiros e estrangeiros, estadistas, etc.

O livro é um passeio por quase todo o século XX, com minúcias, bastidores da política, contadas com discrição. No entanto, o quinto final da obra deixa a impressão de que autor poderia ter detalhado mais o que viveu no centro da cena da história política potiguar e esquecido os últimos vinte anos de nossa história, justamente o pedaço que ele pouco testemunhou. O livro ficaria ainda melhor.

Entrevista 1

 

 

Entrevista 2

 

 

 

 

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