O mau é mau – e pronto

por Sérgio Trindade foi publicado em 08.abr.25

Gostei do texto Sérgio Trindade sobre o apoio de Guimarães Rosa ao golpe de Estado de 1964 (https://historianosdetalhes.com.br/historia-do-brasil/como-esquecer-a-ditadura-de-64-parte-1/).

Estava tudo bem distribuído, mas, contudo, todavia, ele parece não perder a oportunidade de estragar as coisas, e foi logo no final…

A meu ver…vale ressaltar que não sou ninguém no jogo do bicho, então, o a meu ver pode estar completamente desconexo da realidade, essa história do William Blake só serve para forçar uma narrativa de que os fatos podem ser isso ou aquilo, vai depender do ponto de vista. E isso é meramente um cacoete relativista, materialista e revolucionário moderno, pois, para além da ideia dos dogmas religiosos mal relacionada, uma vez que os dogmas tratam de questões teológicas muito específicas, é possível dizer, sim, que certas coisas são más, e outras são boas.

Para isso não precisamos entrar em exemplos agora. Mas no caso apontado por Sérgio sobre a suposta postura dúbia de certos intelectuais, também conservadores, em relação ao regime de 1964, isso não implica de forma alguma que as coisas não podem ser boas nem más.


Acho muito mais prudente perceber que o regime de 1964 começou com uma proposta, acreditada por muitos, de defender o Brasil de um regime comunista, mas que descambou por incompetência dos governos militares, misturada com muita soberba e pitadas de psicopatia e arrogância de vários generais (não podemos esquecer as trapalhadas e mais trapalhadas “civicas” dos milicos desde o 15 de novembro de 1889), para uma tecnocracia nacionalista, evidentemente autoritária, muito próxima a um capitalismo de Estado.

E por este fato, muitos defensores inciais do regime chegaram a mudar sua opinião. O que não significa, em hipótese alguma, que eles não tivessem claro, para eles, que certas coisas são boas, e outras são más.

Também ouso dizer que eles foram deveras corajosos por assumir posicões críticas ao regime, bem como criticavam o governo populista de João Goulart.

 

Por Luiz Roberto (Professor de Filosofia)

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