Flávio (quase) no Supremo Tribunal Federal
Ontem (13/12) foi dia de o indicado pelo presidente Lula para o Supremo Tribunal Federal (STF) ser sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
O indicado: Flávio Dino, ex-juiz federal, ex-deputado estadual, ex-governador do Maranhão, eleito em 2022 para o Senado Federal e atualmente Ministro da Justiça.
A escolha de Lula despertou a ira de alguns, a oposição de muitos e a aceitação de outro tanto.
A polêmica do dia não foi, porém, a sabatina a que foi submetido o candidato à vaga do STF, mas a quase escolha de outro Flávio para a mesma corte (https://www.google.com/search?q=Fl%C3%A1vio+Bolsonaro+no+STF&sca_esv=590958249&source=hp&ei=DVJ7Zca7GOiRxc8P_eepmAk&iflsig=AO6bgOgAAAAAZXtgHa0cCcEhiOzXuKvC1U7Ij5GA0kpy&ved=0ahUKEwiG9pPGz4-DAxXoSPEDHf1zCpMQ4dUDCAo&uact=5&oq=Fl%C3%A1vio+Bolsonaro+no+STF&gs_lp=Egdnd3Mtd2l6IhhGbMOhdmlvIEJvbHNvbmFybyBubyBTVEZIt1JQAFjVTnACeACQAQKYAfYCoAHCNKoBBjItMjYuMbgBA8gBAPgBAcICBRAAGIAEwgILEC4YgAQYxwEY0QPCAgUQLhiABMICDhAuGIAEGMcBGK8BGI4FwgIHECEYoAEYCsICBhAAGBYYHsICCBAAGBYYHhgK&sclient=gws-wiz#fpstate=ive&vld=cid:e2c421c2,vid:LD2H_gC9osY,st:0).
Ficamos todos entre espantados, alguns indo logo para a galhofa e muitos entre assustados e irados com a revelação feita pelo senador Flávio Bolsonaro.
Segundo ele, corria o ano de 2021 e o seu pai, o então presidente Jair Bolsonaro, sugeriu indicá-lo para o STF, mas ele recusou a proposta e apontou o nome de André Mendonça. O diálogo teria sido mais-ou-menos assim: “Flávio, o que você acha de você ser o indicado ao STF?”. A proposição decorria do fato de que se discutia a indicação de um evangélico, como Bolsonaro pai havia prometido durante a campanha. Flávio recusou dizendo: “Presidente, apesar de eu ser advogado, o que eu sou é político, o que eu gosto é política. Então, indique André Mendonça”.
Falta tudo ou quase tudo aí: modéstia pessoal, senso de republicanismo, consciência do próprio papel no mundo, sendo de ridículo e vergonha na cara…
O Brasil é, independente de quem esteja à testa do governo, direita ou esquerda, forjado para ser um sistema familiar, uma agência de compadres, uma república bananeira.