A política e a clareza de ideias e pensamentos
O exercício da política exige saber fazer a intermediação entre o Estado e a população e saber expressar ideias e pensamentos.
Quanto mais é o posto, mais sensível se tornam as manifestações de uma liderança política. Por isso, o discurso de um Presidente da República tem mais peso do que o de um vereador.
Ao chegar a postos elevados, um político deve se policiar cada vez mais. Se a oratória não é boa, que elabore os discursos e os leia. Melhor assim a ter de remendar cada fala que faz.
Dos três últimos presidentes que tivemos, dois (Dilma e Bolsonaro) têm dificuldades enormes em dizer o que pensam. Mesmo Fernando Henrique https://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc12059802.htm e Lula http://www.osul.com.br/depois-de-dizer-que-pelotas-e-exportadora-de-viados-agora-lula-diz-que-produtores-rurais-sao-caloteiros/, políticos de vida pública longa e passados na casca do alho, cometeram deslizes sérios quando improvisaram.
Os anacolutos de Dilma eram engraçadíssimos; os de Bolsonaro, alguns também engraçados, causam certo temor. E exigem, vez por outra, declarações extras de auxiliares para dirimir dúvidas nascidas de, digamos, imprecisões.
O Presidente prestaria bons serviços à Pátria que ele diz amar se submetesse seus discursos e tuítes a conselheiros racionais e ponderados.
Evitaria marolas. E, talvez, tsunamis.
Por Sérgio Trindade