A rima do Brasil
Foram sete dias entre o fato e o ato.
O senador Francisco Rodrigues, do DEM, pediu licença esta semana. E o fez em estilo 100% canalha. https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/10/20/apos-pedir-afastamento-do-mandato-chico-rodrigues-amplia-licenca-de-90-para-121-dias.ghtml
A licença, não custa lembrar, foi motivada pelas reações negativas à notícia de que a Polícia Federal (PF) encontrara, em 14 último, mais de R$ 30 mil na cueca do parlamentar roraimense e deste montante quase metade depositado entre as nádegas do ilustre congressista.
Chico Rodrigues é suspeito de chefiar grupo criminoso responsável por desviar recursos públicos da Secretaria de Saúde de Roraima e que eram destinados a combater a Covid-19.
Ele, claro, negou que esteja envolvido com irregularidades e alegou que o dinheiro era legal e estava destinado a pagamento de funcionários da empresa da família. A justificativa soou verdadeira como uma nota de R$ 300.
O caso gerou um monte de memes e piadas, o senador foi destituído da vice-liderança do governo no senado, o presidente Jair Bolsonaro, que dissera antes ser amigo de parlamentar, deu última forma e negou qualquer vínculo de amizade entre eles e restou ao agora tristemente ilustre Chico tentar salvar o restinho do que sobra, a saber, o mandato.
O estadista Davi Alcolumbre e outros de igual calibre estão tratando do tema.
Todo o jogo para salvar Chico Rodrigues demonstra que a quadrinha nascida depois que o Brasil torrou dinheiro que não tinha para sediar uma copa do mundo, saiu dela quebrado como arroz de terceira e ainda surrado pelo selecionado teutônico cabe à perfeição:
A Alemanha toma cerveja / O Brasil toma Pitu / A Alemanha toma na taça / O Brasil toma na rima.