O bailado inútil
O jogo da Seleção Brasileira, ontem, mostrou um Neymar vaidoso do que vem jogando e do que não jogou.
Transferido do futebol espanhol para o futebol francês, o craque brasileiro desfila futebol de espetáculo em meio a cabeças-de-bagre que falam o idioma de Victor Hugo.
Talvez seja chique driblar em francês no campeonato, mas é mais objetivo, eficiente e pragmático driblar em qualquer idioma nos campeonatos espanhol, inglês, alemão…
No jogo de ontem, Brasil e Equador, ficou claro que Neymar está contagiado pelo vírus de melhor do mundo. Jogando e dando espetáculo no campeonato francês, uma espécie de Copa do Nordeste com grife, o jogador do Paris Saint Germain foi anulado por marcadores equatorianos, seleção que está ameaçada de não ir à Copa do Mundo de 2018.
Neymar, que é reconhecidamente um craque, precisa tirar as sapatilhas de bailarino e calçar as chuteiras de jogador de futebol.
Se quiser disputar a sério o prêmio de melhor do mundo, tem de esquecer os shows que faz no fraco campeonato da Gália e tratar de fazer uma temporada de ouro na Champions League e uma grande campanha com o selecionado canarinho no mundial do próximo ano.
Sem isso, o ex-craque santista será apenas um animador dos estádios franceses, um bailarino de bailado inútil.