A eficaz blitz alemã contra os suecos

por Sérgio Trindade foi publicado em 23.jun.18

Quando comecei a assistir futebol, o mundo tinha duas Alemanhas, fratura nascida ao final da segunda guerra mundial.

A parte oriental, de economia planificada, era pobre e vigiava o seus cidadãos, para impedir que fugissem para a parte ocidental, rica e livre. A sanha era tanta que os líderes ergueram, no início da década de 1960, um muro numa Berlim igualmente dividida. Quem tentasse fugir da Berlim Oriental era abatido a tiros.

No futebol, como na economia e na política, a porção Ocidental era uma potência; a Oriental, uma anã.

O muro foi derrubado em 1989 e, desde então, só há uma Alemanha.

Campeã em 1954 e 1974, como Alemanha Ocidental, e em 1990 e 2014, como Alemanha, as brigadas teutônicas pareciam adormecidas neste mundial na Rússia, pedra o sapato dos alemães desde sempre.

A Alemanha teve desempenho da parte Oriental no primeiro tempo do jogo contra o México, no qual perdeu por 1 a 0; no de hoje, contra a Suécia, a parte Ocidental deu as caras. Durante quase toda a peleja, o time alemão pressionou a Suécia, numa blitz comandada por Kroos e que mataria de inveja o marechal-de-campo Rommel, um dos mais brilhantes comandantes militares do Exército alemão na segunda guerra mundial.

Ao final, a gigante unificada virou o jogo contra os nórdicos, venceu por 2 a 1 e ruma em direção à classificação.

Se tudo correr como tem sido até agora, a seleção brasileira enfrenta, nas oitavas-de-fnal, a cavalaria alemã ou a infantaria asteca.

Jogando o que está jogando até aqui, o time de Tite volta bem mais cedo.

 

Por Sérgio Trindade

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