A culpa é do governo
O pior gestor público é o que não consegue olhar em volta e reconhecer os erros cometidos.
Em Pindorama a fonte de recursos inesgotáveis começou a secar ainda em 2013, o torniquete voltou a apertar em 2014, 2015…
Alguém pode gritar que há nichos no serviço público para onde as verbas afluem sempre. Mas o afluxo não deveria ser visto como mérito, e sim como demérito, exagero, privilégio.
Quando a torneira jorra uma laminha, logo aparecem os perdulários para rasgar dinheiro.
De uns tempos para cá certa deputada federal destina verbas de emendas parlamentares a instituições federais. Fontes indicam que a torneira só abrirá de fato de o vil metal destinado for gasto em alguma obra física, para demonstrar como a esforçada parlamentar envia dinheiro às suas bases.
O filme é velho. Já foi estrelado por deputada que foi alçada à senatoria. O resultado também pode ser constatado pela dificuldade em sustentar os exageros nascidos como prédios e mais prédios.
Unidades têm tido dificuldades em garantir a manutenção pelos exageros. Parte das salas encontram-se sem uso, outras foram apressadamente destinadas a futilidades e ainda assim novos prédios ameaçam saltar das pranchetas de arquitetos e engenheiros para a ociosidade. E isso, repito, quando há salas ociosas e uma parte considerável delas fica sem uso em épocas de chuvas, porquanto chover mais dentro que fora delas.
E o problema é só corte e contingenciamento de verbas.
Por Sérgio Trindade