Lula numa sinuca
Lula está encurralado.
A economia apresenta bons níveis de crescimento (https://g1.globo.com/economia/noticia/2024/09/03/brasil-e-6a-economia-que-mais-cresceu-no-mundo-em-2024.ghtml) e o desemprego (https://www.infomoney.com.br/economia/taxa-de-desemprego-cai-para-66-no-tri-ate-agosto-e-renova-recorde-historico/) é baixo. No entanto, há crise econômica pairando no ar.
Se o governo não equilibrar as contas, o que há de bons índices ruirá.
Até aqui, o governo Lula apostou todas as fichas para equilibrar o orçamento no aumento da arrecadação, quase sempre via aumento de impostos.
Chegou a hora da verdade para Lula. Não há mais boas margens para aumentar impostos. E a projeção da Instituição Fiscal Independente (IFI) é que o país deve encerrar 2024 com a relação entre dívida pública e PIB chegando a 80%, com “tendência de constante aumento da dívida pública nos próximos anos pode afetar o equilíbrio fiscal da economia brasileira” (https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2024/10/17/ifi-deficits-fiscais-e-juros-em-alta-alimentam-aumento-da-divida-publica).
Então resta o caminho do corte de gastos. Ou isso, ou dólar, inflação e juros seguirão subindo e a população vai reclamar.
Se Lula cortar gastos, o eleitorado dele vai ficar chateado e isso se refletirá negativamente no nível de popularidade do governo.
É provável que o horizonte eleitoral de 2026 fique nublado, até com chances de tempestade.
É cedo, entretanto, para pôr em risco a reeleição de Lula, um notório fênix da política brasileira.