Time de outro mundo
Assisti, ontem (08), a Real Madrid e Bayern de Munique pelas semifinais da Champions e fiquei convencido, de vez, que a relação do time de Madri com a melhor competição de futebol do mundo (supera há uns bons anos a copa do mundo) é sobrenatural.
Real e Bayern fizeram um jogaço que atendeu a todas as expectativas. O final, porém, superou – por muito – ao que todos aguardávamos, coisa tocada pelo que há de mais divino nos esportes: um time quase batido renasce em campo, um goleiro espetacular e até então um dos heróis em campo falhou miseravelmente, um anônimo entrou para pôr o seu retrato na galeria de estrelas do estrelado Real, uma falha da arbitragem, nos descontos, impediu o empate que levaria a peleja para a prorrogação… A lista é imensa e faltaria espaço para preenchê-la.
O Sobrenatural de Almeida, criado pelo genial Nélson Rodrigues, esteve em campo e vestiu o uniforme madridista.
gols
O Bayern vencia o jogo por 1 a 0, com golaço, aos 22min do segundo tempo, do canadense Alphonso Davies, que entrara durante a partida no lugar do lesionado Gnabry, um dos craques do time bávaro, estava assegurado na final, teve num contra-ataque a bola para matar o Real Madrid, desperdiçou e viu o quase já batido time merengue renascer do pó e virar o certame e transformá-lo, de vez, em espetáculo com dois gols (um aos 43min e outro nos acréscimos) de um herói improvável, Joselu – o primeiro dos tentos numa falha do fenomenal Neuer, até então o herói da classificação teutônica, e o segundo de canela.
O Real Madrid confirma a sua relação umbilical com a Champions e jogará em Wembley, próximo 1º de junho, contra o Borússia Dortmund, o rival alemão do Bayern.
Será um final aguardadíssima, como têm sido todas as finais da Champions, especialmente quando um dos contendores é o mítico Real Madrid.