Lula, os lulistas e as pesquisas de opinião
A divulgação dos números do Inteligência em Pesquisa e Consultoria (IPEC) mostra, uma vez mais, como lulistas/petistas lidam com os números quando eles não lhes são favoráveis. Nisso também guardam pouca diferença dos bolsonaristas.
Segundo os dados do IPEC, colhidos entre os dias 01 e 05 de março e divulgados hoje (08/03), os percentuais de avaliação do governo Lula são os seguintes: ótimo/bom 33% (era de 38% em dezembro), regular 33% (era 30% em dezembro) e ruim/péssimo (era 30% em dezembro).
A avaliação positiva é a menor desde o início do governo e a avaliação negativa, a maior. Quando feita pela primeira vez, em março do ano passado, o percentual de ótimo e bom era de 41% e o de ruim e péssimo de 24%.
Os recuos ocorreram nos seguintes grupos: entre os que declaram ter votado em Lula (69% para 61%), entre os nordestinos (52% para 43%), entre os sudestinos (37% para 30%), entre os que têm renda familiar mensal de até um salário mínimo (51% para 39%), entre os autodeclarados pretos e pardos (43% para 35%), entre as mulheres (40% para 33%) e entre os que têm ensino médio (33% para 26%).
A perda é justamente no eleitor, digamos, cativo de Lula. Luz amarela deve estar acesa entre os assessores do presidente. Talvez até a vermelha.
A maior surpresa, para mim, é a queda acentuada no Nordeste, afinal os analistas afirmavam peremptoriamente a região seguraria o índice.
O supermercado explica muito a queda do governo Lula, afinal o consumidor anda escabreado e, decepcionado em suas expectativas, vinga-se avaliando negativamente o governo que ajudou a eleger.
São os trânsfugas de caráter econômico.