Brasil – futebol triste e previsível

por Sérgio Trindade foi publicado em 13.dez.22

Assistindo aos jogos da Copa do Mundo constato que praticamente não existem mais escolas futebolísticas.

Antes se falava da escola brasileira, da escola argentina, da escola italiana (que não foi ao mundial da Rússia e ao atual), da escola alemã, da escola inglesa, etc. Agora tudo virou um salsichão globalizado, uma imensa pasta ludopédica.

Tenho o mesmo sentimento desde a Copa de 2010, mas ele veio crescendo nos três últimos mundiais, contando o deste ano.

O futebol hoje é muito tático e muito físico. A técnica é um diferencial ligado à individualidade.

Fisicamente as equipes são iguais. Taticamente, entra o dedo do treinador. Se do ponto de vista tático, duas equipes são parelhas, entra a técnica individual, o talento que pode definir e desequilibrar uma partida.

Individualmente o Brasil continua sendo a melhor seleção. O time, porém, era ruim, porque Tite é muito limitado, como demonstrou em todos os jogos (talvez a exceção seja a partida contra a Sérvia).

Tite (imagem da internet)

A seleção brasileira foi eliminada pela Croácia, que individualmente está muito aquém do selecionado canarinho.

O futebol jogado pelo time de Tite é triste, insípido e previsível, por isso foi facilmente controlado pelo esquema de jogo montado pelo treinador croata.

Hoje, contra a Argentina, um time também individualmente superior ao selecionado croata e coletivamente muito melhor distribuído do que o time brasileiro, a Croácia tomou um sapeca-iaiá.

O treinador portenho imobilizou o jogo do meio-campo eslavo, cedendo-lhe a bola e campo para jogar e pondo os seus atacantes para jogar nos costados dos volantes croatas. Quando a Croácia fechava o meio, os argentinos fustigavam pelas pontas, com os laterais ou com os atacantes. A estratégia desmontou o sistema defensivo do time que joga com camisa xadrez.

O Brasil passou a partida toda tentando fazer jogo pelas extremas, com dois atacantes bem abertos. O jogo não fluiu e ainda assim Tite manteve a mesma estratégia. O gol do Brasil, pelo meio, mostrou que o caminho poderia ter sido outro, mas o treinador brasileiro não conseguiu enxergá-lo.

Voltamos mais cedo do Catar pelas deficiências do jogo coletivo, responsabilidade do treinador.

É hora de torcer pelos hermanos e por Lionel Messi, o gênio canhoto.

 

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