Como era o Rio de Janeiro no século XVI

A área da atual cidade do Rio de Janeiro foi visitada, pela primeira vez, pelos portugueses, em janeiro de 1502, por Gaspar de Lemos, que estivera na expedição comandada por Pedro Álvares Cabral e que aportara oficialmente na Bahia, em 22 de abril de 1500.

Encarregado de levar a carta de Pero Vaz de Caminha dando conta do achamento da nova terra ao rei D. Manuel, Gaspar de Lemos retornou ao Brasil em 1501 e navegou pelo litoral brasileiro, começando pelo Rio Grande do Norte.

Ao chegar à região onde hoje se encontra a cidade do Rio de Janeiro, mais precisamente na baía de Guanabara, Gaspar de Lemos pensou estar na foz de um grande rio e batizou a baía com o nome de Rio de Janeiro.

No entanto, foram os franceses que primeiro se estabeleceram na região e competiam com os portugueses pelo controle do comércio de pau-brasil.

Os franceses trouxeram colonos para habitar e explorar a região e pretendiam fundar uma colónia – a França Antártica – e uma cidade – Henriville.

Para não perder o controle da terra que era portuguesa, Mem de Sá, governador-geral do Brasil e portanto delegado da Coroa portuguesa em terras brasileiras, despachou o seu sobrinho, Estácio de Sá, para o local.

Em 1º de março de 1565, depois de dar combate aos franceses, fundou a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, na várzea existente entre os morros do Pão de Açúcar e Cara de Cão, como forma de assegurar a presença lusitana na região.

O economista Paulo Bastos e designer especialista em 3D Pedro van Erven, depois de dois anos de pesquisa, recriaram o Rio Janeiro de 1565 e contam um pouco dessa história, restaurando, por meio de programas de computador, a cidade que não existe mais.